Depois da menopausa, a aparência da mulher muda pouco até perto dos 64 anos, quando os sinais de envelhecimento começam a se acentuar.
A voz da estética recomenda que se fuja do sol de qualquer jeito, mas o respeito à saúde fala mais alto: a exposição aos raios solares por 10 minutos diários - sempre antes das 10h ou depois das 16h e com braços e pernas descobertos - ajuda a combater um problema recorrente nessa faixa etária: a osteoporose.
Osteoporose nada mais é do que a perda da massa óssea do corpo, e as mulheres são as mais vulneráveis ao problema - 50% de todas com mais de 50 anos têm a doença em maior ou menor grau.
A mulher constrói sua massa óssea até a década de 30, quando passa por uma fase de manutenção, antes de começar o declínio.
Com a menopausa, a perda de densidade óssea é muito acelerada pela queda na produção de estrógeno, que afeta a absorção de cálcio pelos ossos.
Esses se tornam mais porosos, aumentando as chances de que uma queda, que antes não teria grandes consequências, acarrete numa fratura.
Pequenas fraturas nas vértebras podem nem ser sentidas, mas tendem a levar a uma curvatura maior da coluna e, consequentemente, na perda de altura.
Para reduzir o risco, a alimentação deve ser rica em proteínas, sais minerais e principalmente leite e derivados (queijos e iogurtes).
Além da alimentação, a melhor forma de evitar um problema maior é cuidando da massa muscular.
Quanto mais músculo, mais fortes serão os ossos.
Praticar exercício físico moderado já é suficiente.
É essencial que seja contra a gravidade (natação, neste caso, não ajuda).
O mínimo recomendado é caminhar durante meia hora todos os dias.
O risco de ganhar de peso, que inferniza a mulher a vida inteira, tende a se reduzir ou até a reverter, porque, com o contínuo declínio no metabolismo, o apetite pode decrescer.
A pele também muda.
Pouco a pouco, ela perde a capacidade de auto-reparação, e aumenta a propensão às chamadas "manchas senis", provocadas pelo efeito cumulativo da luz solar na pele. Costumam aparecer principalmente nas áreas mais expostas, como o dorso das mãos e a face.
Elas podem ser tratadas com peeling a laser, técnica que remove rugas mais profundas e manchas senis com um mínimo de lesão na pele.
Com a contínua queda das taxas de estrogênio e o relativo aumento nas taxas de hormônio masculino, o cabelo se torna cada vez mais fino, enquanto os pêlos de outras áreas do corpo tendem a escurecer - ou aparecer em regiões inesperadas, como rosto e queixo.
A perda de massa cerebral não é totalmente mito: tanto o cérebro masculino como o feminino perdem massa com o passar dos anos.
O que acontece é que, apesar de o cérebro da mulher ser menor do que o do homem, ele é mais denso e mais ativo e é essa diferença que tende a ser reduzida, aproximando os dois.
É comum passar por perdas de memória de curto prazo nessa idade, e até antes, mas geralmente é menor do que se espera.
Para contrabalancear, algumas funções cognitivas, como o lidar com as emoções, tendem a melhorar com o tempo.
Em relação ao sexo, também podem surgir dificuldades.
Em alguns casos, o apetite sexual diminui, mas não é regra.
A vida sexual do casal tende a rarear mais devido às complicações sexuais masculinas, como os problemas eréteis, por exemplo.
Superar as dificuldades e manter uma vida sexual ativa depois dos 60 pode ser um dos grandes desafios do envelhecimento.
Afinal, quem vai se preocupar com aquela ruga a mais sabendo-se amada e desejada pelo parceiro?
Fonte: Revista da Folha.
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