O que o estudo mostra sobre o Brasil
Para os 178 executivos brasileiros entrevistados, o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e a gestão de talentos foram os principais desafios detectados. A questão da administração da melhoria do desempenho e formas de recompensá-la foi apontada como o terceiro desafio-chave do RH no Brasil. Além disso, com maior freqüência que nos outros países-foco, no Brasil os executivos apontaram que transformar o RH em um parceiro estratégico é um ponto importante no futuro.
Empregados brasileiros se desdobram para melhorar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Para as empresas, a tarefa também é complexa, já que as leis trabalhistas não oferecem muita flexibilidade para regimes alternativos de trabalho e remuneração.
Em função do sistema de ensino público inadequado e da expatriação de indivíduos talentosos, executivos brasileiros acreditam que suas companhias se apoiarão em duas linhas de ação no futuro: deslocar negócios para novas localidades, a fim de ter acesso a pessoas qualificadas, e recrutar talentos globalmente. Eles acreditam que a primeira estratégia, atualmente usada por 8% das empresas, será adotada por 42% delas em 2015; avaliam também que a utilização da segunda suba dos atuais 20% para 66% no mesmo período. O desenvolvimento de planos de carreira individuais e de um sistema de remuneração específico para os funcionários mais talentosos será a tática mais popular no futuro. Pelo menos é a aposta de mais de três quartos dos executivos brasileiros, que crêem que essa vai ser a política de suas empresas em 2015.
Mais de dois terços dos respondentes no Brasil declaram que suas companhias recompensarão boas performances em 2015, em comparação com apenas metade deles, que dizem já ter esses planos em suas empresas. Barreiras legais, reguladoras e culturais têm limitado o emprego de remuneração variável no Brasil, sobretudo para posições não-gerenciais, mas a expectativa é de que as empresas locais alcancem o resto da América Latina nessa questão.
Os entrevistados destacaram que, apesar do foco histórico dos departamentos de RH em aspectos operacionais, a importância crescente de atrair e reter talentos está tornando os executivos de recursos humanos parceiros estratégicos, muitas vezes indispensáveis, das companhias.
Duas empresas no Brasil se destacam pelo papel estratégico do RH nos seus negócios: a Natura Cosméticos e a Votorantim Finanças. Ambas sublinham a importância do uso de índices na criação de valor, para estabelecer sistemas de remuneração. E, nos dois casos, asseguram que os altos executivos estão intimamente engajados na avaliação e no desenvolvimento de outros executivos. Nesses pontos, o RH tem um papel ativo no ciclo de planejamento e no processo de tomada de decisão de negócios. É exigida dos gerentes de RH uma visão de negócios, ao passo que funções administrativas da área são executadas por meio de uma central de serviços. Essa movimentação permite aos executivos de RH uma função estratégica nos negócios, para atrair, motivar e reter continuamente os melhores talentos.
Fonte: Internet.
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