O teatro, construído exclusivamente para a premiação, fica no coração de Hollywood, em plena Calçada da Fama, ao lado do Chinese Theatre.
Quem passar por suas escadas irá saber a história do evento, os nomes dos ganhadores e vários outros tipos de informações que se encontram em qualquer guia turístico.
Mas para quem quiser realmente ir a fundo nas raízes do Oscar, e principalmente de Hollywood, a dica é atravessar a rua e entrar no Hotel Roosevelt.
Foto da primeira cerimônia do Oscar, realizada em 1929, no Hotel Roosevelt. Premiação não durou mais que cinco minutos e distribuiu 13 estatuetas (Foto: Divulgação/Hotel Roosevelt)
O charmoso prédio, cuja decoração é inspirada pela arquitetura espanhola, foi construído em 1927 e serviu de casa para a festa do primeiro Oscar, em 1929.
Uma cerimônia rápida, digamos: em apenas cinco minutos Douglas Farway e Al Jolson entregaram 13 estatuetas dentro de um salão que acomoda cerca de 500 pessoas.
Ele está conservado da mesma maneira que 83 anos atrás, assim como o seu lobby, que abrigou a primeira festa dos vencedores.
O clima do hotel, apesar das várias reformas que passou pelos últimos anos, simula a Hollywood dos anos 1950 com uma decoração minimalista e retrô chic.
Os ambientes são cheios de referências cinematográficas – o corredor é decorado por fotos de paparazzi, por exemplo.
Há 70 anos, o misto de bar e cabaré Cinegrill era o ponto de encontro dos artistas que trabalhavam no bairro.
Hoje todos os estúdios, com exceção da Paramount, foram para os subúrbios.
Porém uma onda saudosista tomou conta do Roosevelt e desde 2005 ele está entre os principais atrativos da noite de Los Angeles: na última sexta-feira (25) Thom Yorke jantava em de seus três restaurantes, enquanto uma festa da Playboy fazia barulho no sábado (26).
Dentre as várias celebridades que passaram pelo local, duas merecem menção especial: Marilyn Monroe e Clark Gable.
Ela teve sua vida inteira associada ao hotel.
Além de ter feito seu primeiro ensaio fotográfico na piscina cujo azulejo é pintado pelo artista pop David Hockney, a loira morou durante dois anos em uma suíte que fica em cima do bar Tropicana (um dos preferidos de Lindsay Lohan e outras celebridades barraqueiras do momento).
A cabana, que tem Angelina Jolie como hóspede mais assídua, hoje possui diária entre US$ 800 e US$ 2.500 e nunca foi reformada.
Acima da cama fica posicionada uma foto de Marilyn deitada no mesmo móvel, a frente do fotógrafo Bert Stern.
A imagem faz parte de um ensaio de três dias para a revista “Vogue”, em 1962.
Foi o último dela em vida.
Tanta identificação rendeu a lenda urbana que o espírito de Marilyn aterroriza o local.
Outro fantasma famoso é o de Montgomery Cliff, que, dizem, assombra o quarto 928 – que ele morou em 1953, durante as gravações de “A um passo da eternidade”.
Citar o número de filmes gravados dentro do Roosevelt é praticamente impossível, aliás.
Mas uma das cenas mais famosas no prédio é o sapateado de Shirley Temple e Bill Bojangles Robinson nas escadarias do hotel, durante "A mascote do regimento" (1935).
Porém o ambiente mais interessante, e digno de visita, é a penthouse (cobertura) de três andares, que servia para os encontros amorosos de Clark Gable e Carole Lombard.
O ambiente hoje serve de cenário para diversos ensaios de moda e, principalmente, festas de milionários.
Uma das atrações da penthouse é um quarto chamado “play room”, que tem uma cama que ocupa praticamente o local inteiro.
Gable gastava US$ 5 de diária na época para dormir na penthouse; hoje é preciso desembolsar no mínimo US$ 4 mil por dia.
VEJA GALERIA DE FOTOS HISTÓRICAS DO HOTEL ROOSEVELT
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