sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O meu carismático professor Larry Fink...

Larry Fink, o meu carismático professor de Inglês e amigo, muito querido, se foi, para "viver" novas aventuras em outros mundos...

Mesmo triste, fiquei pensando nos vários aspectos da morte, me lembrando do seu quase irresistível sorriso...


"Morrer, que me importa? O diabo é deixar de viver." 
(Mário Quintana)


Quem conheceu sabe: Larry amava viver. 
E vivia feliz e sobretudo com charme.
Seu trabalho na Manhattan English School, sua escola, além de moderno era do mais alto nível.
Imaginem uma sala, no coração da Savassi, decorado com requinte, bom gosto e ao mesmo tempo confortável e acolhedor... coisas de Larry Fink.
Só consigo me lembrar de Larry assim: um vencedor.
Sentiu na pele a dor de perder um filho.
Não consigo pensar que exista no mundo uma dor maior do que um pai perder um filho.
Sua filha foi abruptamente retirada desse mundo e ele sentiu.
Cambaleou mas não caiu.
Talvez pela metade, mas seguiu vivendo e trabalhando.
Hoje eu descubro que a morte mora um pouco na saudade.
Ele, nos últimos tempos viveu com saudades...
Não sei ao certo o que estou sentindo, mas o certo é que eu já estou com saudades...
Professor e amigo, vá em paz e que Deus te acolha em seu infinito amor.
Se morrer nesse mundo é renascer em algum outro lugar, te desejo uma nova vida repleta de alegrias e novas conquistas e quem sabe, matando um pouco as saudades de sua amada filhinha...


E lembrando Rubem Alves...


"Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. 
Há tempo para nascer e tempo para morrer". 
A morte e a vida não são contrárias. 
São irmãs. 
A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. 
Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. 
A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. 
Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. 
Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. 
Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo."

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