sábado, 16 de outubro de 2010

Carícias...

A análise transacional é uma das poucas abordagens da psicologia que fala de maneira científica sobre o amor, a partir de seus pressupostos (Steiner) e pelo instrumento chamado carícias (assim traduzido do inglês Strokes): são estímulos dirigidos que transmitem aceitação incondicional (pelo que a pessoa é) e condicional (pelo que a pessoa faz ou tem).
"Carícias são estímulos sociais dirigidos de um ser vivo a outro, o qual, por sua vez, reconhece a existência daquele." (Kertész)
O ser humano tem necessidade de carícias assim como tem necessidade de alimento. 
Isso pode ser observado nos bebês, muitas pesquisas já provaram que o contato físico dos bebês com a mãe ou com quem os alimenta é de importância vital para sua sobrevivência. 
Neste ponto Berne tem grande influência da psicanálise, quando sugere o contato físico dos bebês com suas mães algo prazeroso, algo semelhante ao prazer sexual sugerido por Freud.
Berne (1962) sugere quatro "fomes" vitais:

- Fome de estímulo: 
De onde provém os estímulos sensoriais da visão, da audição, do tato, olfato e paladar.

- Fome de reconhecimento:
Onde os atos ou palavras são estímulos especiais para o comportamento.

- Fome de contato:
Nesta categoria encontra-se a carícia física propriamente dita, não necessariamente apenas aquelas agradáveis, mas também a própria dor é considerada uma fome de contato.

Fome sexual:
De onde pode-se saciar todas as outras fomes.

Outro estudo, feito por Harlow, em seu laboratório experimental mostrou a importância do contato físico para o apego: macacos separados de suas mães ao nascer eram colocados em mães substitutas feitas de arames. 
Uma das mães foi coberta com um tecido felpudo e macio. 
O alimento era colocado na mãe de arame sem o tecido e era oferecido para os macaquinhos as duas mães. 
A grande maioria dos macacos, se alimentavam na mãe de arame e saciada a fome corriam para a mãe felpuda, passando com ela a maior parte do tempo, mostrando assim que o contato físico superava a própria fonte de alimentação, o apego era maior com a mãe adotiva que lhes dava carícias que com a mãe adotiva que lhes dava o alimento.
Para Berne ficava claro a importância do contato físico, e que o estímulo é a "unidade básica da ação social", sendo tão importante para a sobrevivência do ser humano como o alimento e o ar que se respira.

Fonte: Internet.

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