sexta-feira, 14 de maio de 2010

Princesa Isabel - A Redentora...


















Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Gonzaga de Bragança, a Princesa Isabel, nasceu no palácio de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1846.
Batizada na Capela Imperial no dia 15 de novembro de 1846 pelo bispo capelão-mor conde de Irajá, seu nome foi dado em homenagem à avó materna, a rainha de Nápoles.
Seus padrinhos de batismo foram o rei consorte Fernando II de Portugal e sua avó materna a rainha Isabel de Nápoles.
Tornou-se a herdeira do trono brasileiro, após a morte prematura do irmão mais velho.


Foi a terceira Chefe de Estado brasileira após sua avó Leopoldina e sua trisavó Dona Maria I.
Filha de D.Pedro II, passou para a história do Brasil como a responsável pela assinatura da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, em 13 de maio de 1888.


Por isso foi cognominada a Redentora.
Foi responsável também pela assinatura da Lei do Ventre Livre (1871), que estabeleceu liberdade aos filhos dos escravos a partir daquela data. 


Princesa Isabel era casada com um nobre francês, o Conde D’Eu. Ela assumiu a regência do trono do Brasil em três situações em que o imperador estava viajando.
Após o casamento com o príncipe Gastão de Orléans, o Conde D'Eu, ocorreu uma junção entre as Casas de Bragança e Orléans, originando o nome Orléans e Bragança, que foi passado, exclusivamente, aos descendentes de D. Isabel e Gastão de Orléans.
Também, por a princesa Isabel ter sido a herdeira do trono imperial brasileiro, os seus descendentes, os únicos detentores do sobrenome Orléans e Bragança, são os herdeiros da extinta coroa imperial do Brasil.
A princesa Isabel foi também a primeira senadora do Brasil, cargo a que tinha direito como herdeira do trono a partir dos 25 anos de idade, segundo a constituição do Império do Brasil de 1824.
Com a morte de seu pai, em 1891, tornou-se chefe da Casa Imperial do Brasil e a primeira na linha sucessória ao extinto trono imperial brasileiro, sendo considerada, de jure, Sua Majestade Imperial, Dona Isabel I, Por Graça de Deus, e Unânime Aclamação dos Povos, Imperadora Constitucional e Defensora Perpétua do Brasil.
Com o enfraquecimento da monarquia e o estado de saúde complicado do imperador, começou a receber muitas críticas e ataques de oposicionistas republicanos, que temiam a instauração de um terceiro reinado.
Por ser francês, o marido da princesa também foi muito atacado neste momento.


Após a queda da monarquia e a Proclamação da República (15 de novembro de 1889), foi morar, com a família real, na Europa. Morreu na França no ano de 1921.

Saiba mais…

Liberal, a princesa uniu-se aos partidários da abolição da escravidão. Apoiou jovens políticos e artistas, embora muitos dos chamados abolicionistas estivessem aliados ao incipiente movimento republicano. Financiava a alforria de ex-escravos com seu próprio dinheiro e apoiava a comunidade do Quilombo do Leblon, que cultivava camélias brancas, símbolo do abolicionismo.
Chegava mesmo a receber fugitivos em sua residência em Petrópolis:
"A Princesa Isabel também protegia fugitivos em Petrópolis.
Temos sobre isso o testemunho insuspeito do grande abolicionista André Rebouças, que tudo registrava em sua caderneta implacável.
Só assim podemos saber hoje, com dados precisos, que no dia 4 de maio de 1888, “almoçaram no Palácio Imperial 14 africanos fugidos das Fazendas circunvizinhas de Petrópolis”.
E mais: todo o esquema de promoção de fugas e alojamento de escravos foi montado pela própria Princesa Isabel.
André Rebouças sabia de tudo porque estava comprometido com o esquema.
O proprietário do Hotel Bragança, onde André Rebouças se hospedava, também estava comprometido até o pescoço, chegando a esconder 30 fugitivos em sua fazenda, nos arredores da cidade.
O advogado Marcos Fioravanti era outro envolvido, sendo uma espécie de coordenador geral das fugas.
Não faltava ao esquema nem mesmo o apoio de importantes damas da corte, como Madame Avelar e Cecília, condessa da Estrela, companheiras fiéis de Isabel e também abolicionistas da gema.
Às vésperas da Abolição final, conforme anotou Rebouças, já subiam a mais de mil os fugitivos “acolhidos” e “hospedados” sob os auspícios de Dona Isabel."

Fonte: Internet.

Nenhum comentário:

Postar um comentário