segunda-feira, 24 de agosto de 2009

gestão do prazer na cidade maravilhosa - segundo ato

Casa da Cris...

Como tínhamos combinado no primeiro ato, este era o dia de ir para Lapa dançar.
Sabe como é o Sid, que era o nosso grande anfitrião, lembra muito minha amiga D, de olhos azuis.
Todos os programas da amiga D, de olhos azuis, são combinados com antecedência, mas claro que na última hora pode aparecer algo melhor e aí....
Resolvemos então tomar um prosseco no flat do meu irmão C, mas claro que a amiga C, abortou a missão, porque, sem taça e tudo mais nem pensar.
Convidou-nos então para tomar o prosseco no seu AP.
Chegamos de taxi com duas garrafas de prosseco, porque depois íamos comer em algum lugar e beber até cair, como todo bom mineiro, quando se reúne.
Acho que no Rio de Janeiro é o único lugar que a Lei Seca funciona, por isso o detalhe do taxi.
Chegamos lá, animadíssimos, mas a Letícia, o Liqui e a Cris já estavam bem animadinhos.
O prosseco está na geladeira da Cris até hoje, ficou para o próximo dia 17, mas tomamos todo o rum, vodca e qualquer outra coisa que tinha na geladeira da Cris, até a sua coca-cola restauradora virou um verdadeiro drink.
Meu marido R, foi para a cozinha e fez uma “Sopa de Pedra”, que transformou na “Massa Lavoisier“, com direito a tira-gosto para o Liqui, que não queria jantar enquanto não tomasse toda a caninha que levamos para ele.
A Letícia, nossa “Gerente Personalitté”, contava os casos de Campo Belo, sua cidade, que fica no sul de Minas. Simplesmente passávamos mal de tanto rir.
Mas o ponto alto que merece destaque, foi a roda de viola.
Nunca tinha visto meu irmão C tocar violão no meio de todos aqueles cachaceiros.
Pedi a minha música preferida, composição do pai do Beto Guedes, o nosso saudoso Godofredo Guedes e claro que fui atendida de imediato.
Acho que fui atendida porque todos estavam com medo da minha máquina da Barbie funcionar fora de hora.
Aí vai o aperitivo.
Já pensou esta música cantada por esses violeiros famosos:

Cantar

Godofredo Guedes

Se numa noite eu viesse
ao clarão de luar
Cantando
E aos compassos de uma canção
Te acordar
Talvez com saudade cantasses também
Relembrando aventuras passadas
Ou um passado feliz com alguém
Cantar quase sempre nos faz recordar
Sem querer
Um beijo, um sorriso ou
uma outra aventura qualquer
Cantando aos acordes do meu violão
É que mando depressa ir-se embora
A saudade que mora no meu coração


Vocês sabem que o Godofredo Guedes foi um dos maiores contadores de casos de Minas e que inspirou muitos artistas?
Mas este também merece novo destaque em um post futuro.
Nossa, meu sonho era saber cantar. Adoro a música dos mineiros do clube da esquina e do Vale, me lembra o meu tempo de faculdade. Que saudades...
Nesta época aprendi a beber, contar casos e tudo que todo mineiro do interior sabe e ensinou para esta menina da cidade. Bons tempos...
Nesta época, a Católica nem era PUC e os shows começavam no campus e estendia –se para qualquer buteco do bairro.
Mas este é um mote para outro dia de novos casos e novas histórias.
Hoje estou muito saudosa.
Acho que estou com saudades dos meus programas da Gestão do Prazer.
O mês está acabando e ainda não fizemos nenhum, mas voltando a nossa roda de viola...
Adorei, adorei, adorei e acho que este programa realmente, depois da aprovação da confecção do boné laranja pelo presidente da Gestão do Prazer, tem que ser repetido.
Mas claro que acabou cedo, porque meu marido R, chegou com aquela “Massa Lavoisier”, com tudo que tinha na geladeira da Cris e comemos e ficamos pingando de sono. Será que meu marido R, colocou algo para que eu não continuasse cantando? Simplesmente não deu nem tempo para combinar o programa do outro dia.
E eu sonhando com outra roda de viola...

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