Em uma entrevista de emprego, os profissionais são questionados sobre todas as esferas de sua vida.
Os entrevistadores querem saber da experiência anterior, da formação, dos hobbies, dos interesses pessoais, da vida familiar e da saúde.
Nesses últimos dois itens, porém, é preciso cautela na resposta.
Apesar de ter quase certeza de que terá de falar sobre sua vida pessoal durante a entrevista, nem todos os candidatos sabem como tratar desse assunto.
Para ajudar os profissionais nessa questão, contamos com a ajuda da consultora da DMRH, Maria Luiza Toledo.
A consultora diz que as perguntas sobre a vida pessoal são feitas para tentar construir o perfil profissional do candidato.
“A vida pessoal faz parte do processo de formação do profissional”, diz Maria.
Pois bem, se as perguntas são feitas com esse objetivo, o melhor caminho é sempre vincular tudo o que você irá falar que esteja relacionado com sua vida pessoal à sua vida profissional.
Na prática, se sua relação com seu pai for péssima, você só deverá citar isso se o motivo desse problema for de cunho profissional.
Por exemplo, se você teve um conflito com seu pai, pois trabalhava na empresa dele e decidiu sair para buscar outra oportunidade ou se o motivo da briga foi você ter decidido mudar de área profissional, vale a pena citar.
Sem se alongar
A lógica é simples: o entrevistador só está interessado nos elementos da sua vida pessoal que influenciaram de alguma forma a sua trajetória profissional.
Mas as dicas não param por ai.
Por mais que você fale de um problema pessoal que está relacionado à sua vida profissional, é importante não se estender nem aprofundar a questão.
Seja direto e objetivo.
“O entrevistador não é um terapeuta”, diz Maria.
Ele não quer saber como foi a discussão, quem falou mais alto ou até que ponto vocês chegaram. Saiba também que, se a questão pessoal que você estiver expondo tiver muita relevância na sua trajetória profissional, o entrevistador provavelmente fará mais perguntas, explorando mais o assunto.
“Uma vez tive um candidato que não falava com o pai. Ele afirmou que chegou a trabalhar na empresa em que o pai era o dono. Nesse caso a gente explora a questão, queremos saber o que aconteceu. Por que ele saiu da empresa, qual foi o problema. As respostas vão dando indícios de como é o perfil profissional do candidato”, afirma Maria.
Se o entrevistador simplesmente lançar a pergunta: como é sua vida familiar?, a sugestão da consultora é que o candidato fale basicamente da sua dinâmica familiar.
Ou seja, com quem mora, há quanto tempo, qual a profissão do seu pai, da sua mãe e dos seus irmãos.
Que tipo de atividades vocês costumam fazer juntos e ponto final.
A consultora relata que os candidatos que passaram por um problema familiar recente têm uma forte tendência de se alongar no assunto.
Se por um lado isso é algo natural do ser humano, por outro, não vai ajudar em nada na entrevista.
É importante lembrar que você terá cerca de 1 hora com o entrevistador para mostrar que merece aquela vaga.
Se começar a falar demais sobre questões pessoais, o que não vai agregar em nada no seu processo, você perde o foco da entrevista e tempo, em vez de falar sobre o que realmente interessa, suas experiências profissionais e competências.
E sua saúde?
Se o entrevistador perguntar sobre sua saúde, de novo, só fale o que estiver relacionado com sua vida profissional.
Se teve de sair do mercado de trabalho por algum tempo, em decorrência de algum problema de saúde, como um acidente, por exemplo, claro que você deve citar.
Inclusive, ressalte a força e determinação que teve para superar e retomar a carreira.
Sempre lembrando que se alongar e entrar em detalhes é perda de tempo.
Se quem esteve doente foi outra pessoa da família e, por isso, você também teve de interromper sua vida profissional ou mostrou baixo desempenho na empresa em que estava e acabou sendo demitido, é recomendado citar.
Mas mostrando o lado profissional da questão, não o pesssoal.
Fonte
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