Quase metade dos profissionais tem dificuldade para se desligar totalmente do trabalho quando estão fora do horário de expediente. Isso se deve, sobretudo, à necessidade de estar de prontidão, caso alguma atividade extra surja.
Os dados são de uma pesquisa elaborada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que entrevistou 3.796 pessoas. Desse total, 54,6% afirmaram que conseguem se desligar totalmente do trabalho, quando estão fora do horário de expediente, enquanto 45,4% disseram o contrário.
Dos que não conseguem se desligar, 26% ficam de prontidão, caso sejam acionados para alguma atividade extra, 8% planejam ou desenvolvem atividade relacionadas ao trabalho via internet ou celular, 7,2% procuram aprender coisas novas sobre o trabalho e 4,2% exercem algum outro tipo de trabalho remunerado.
A pesquisa ainda revelou que menos de um terço dos entrevistados (29,7%) consegue assumir outra atividade regular além do trabalho remunerado. Dos que conseguem, 7,1% se dedicam a alguma atividade de devoção religiosa, 5,9% estudam alguma coisa e o mesmo percentual se dedica ao treinamento esportivo.
Os demais (6,2%) afirmam ter compromisso com outros tipos de trabalhos remunerados, ao passo que 2,5% dizem desenvolver algum trabalho voluntário. Os entrevistados revelaram que destinam 10,7 horas semanais para tais atividades, - a mediana da pesquisa mostrou que os profissionais dedicam 7 horas semanais.
Tempo mais curto
Quase 40% dos entrevistados acreditam que o tempo livre vem diminuindo nos últimos anos, por conta do tempo diariamente gasto com o trabalho remunerado. Para 18% deles, essa redução acontece por conta do excesso de atividades exigidas.
Quase 40% dos entrevistados acreditam que o tempo livre vem diminuindo nos últimos anos, por conta do tempo diariamente gasto com o trabalho remunerado. Para 18% deles, essa redução acontece por conta do excesso de atividades exigidas.
Outros 5,3% explicam que isso se deve à obrigação de levar atividades laborais para realizar em casa. Para outros 4,8%, a redução é causada pelo maior tempo gasto com transporte para o trabalho.
Qualidade de vida
A maioria dos profissionais (60,5%) não acredita que o tempo dedicado ao trabalho remunerado esteja atrapalhando sua qualidade de vida. Para o restante (39,5%), ele compromete, sim. Dos que deram esta resposta, 13,8% afirmaram que isso acontece porque seu trabalho gera muito estresse e cansaço.
A maioria dos profissionais (60,5%) não acredita que o tempo dedicado ao trabalho remunerado esteja atrapalhando sua qualidade de vida. Para o restante (39,5%), ele compromete, sim. Dos que deram esta resposta, 13,8% afirmaram que isso acontece porque seu trabalho gera muito estresse e cansaço.
Outros 9,8% acreditam que afeta sua qualidade de vida pois compromete as relações amorosas e a atenção que deveriam dar à família. Um total de 7,2% justificou dizendo que o trabalho prejudica os estudos, o lazer e o esporte e 5,8% disseram que o trabalho atrapalha a relação com os amigos.
Trabalhando na hora do lazer
Quase metade dos entrevistados (48,8%) não gosta muito de ter de usar seu tempo livre para trabalhar. Quando é preciso, 36,7% se sentem conformados, pois precisam manter o emprego, 5,1% sentem tristeza por não sentirem prazer no trabalho e 7% se sentem revoltados por acharem que o tempo livre deveria ser utilizado para outras atividades.
Quase metade dos entrevistados (48,8%) não gosta muito de ter de usar seu tempo livre para trabalhar. Quando é preciso, 36,7% se sentem conformados, pois precisam manter o emprego, 5,1% sentem tristeza por não sentirem prazer no trabalho e 7% se sentem revoltados por acharem que o tempo livre deveria ser utilizado para outras atividades.
Dos que têm atitude positiva quando precisam usar o tempo livre para trabalhar, 42% se sentem felizes por estarem fazendo o que gostam, enquanto 9,2% sentem indiferença, pois normalmente não têm nada para fazer quando estão de folga.
A pesquisaO estudo do Ipea entrevistou profissionais com pelo menos 18 anos de idade e com ao menos um ano de trabalho remunerado.
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