Ex-morador de rua, empresário lucra com camisetas customizadas
Cliente cria o próprio modelo e recebe a camiseta em casa; personalização também garante espaço de franquia de bijuterias
Em 2005, com ideia fixa de vender camisetas e uma enorme vontade de dar certo, o empresário Marcelo Ostia fez o negócio acontecer.
Juntou R$ 300, conseguiu um computador e montou uma loja virtual de camisetas.
Transformou o pequeno investimento numa empresa promissora.
Antes de começar o negócio, Ostia passou por grandes dificuldades.
Chegou a morar na rua, mas conseguiu escrever uma história de superação.
Hoje, guarda com carinho uma espécie de troféu, a lembrança de um tempo que ficou no passado.
“Essa camiseta, para mim, durante três meses foi meu cobertor, meu travesseiro, minha roupa de frio, porque eu morei na rua por um tempo, e tive que alugar uma vaga de estacionamento para poder dormir”, diz ele.
A personalização é a aposta da empresa de Ostia, que faz suas vendas pela internet.
O cliente cria o próprio modelo e recebe a camiseta em casa.
“É uma maneira de você estar exclusivo.
Você fez a sua camiseta, não vai existir outra igual na sua cidade ou no mundo”, diz ele.
“A personalização é peça chave nesse negócio.
O site é quase um provador de loja, para o cliente experimentar e escolher a camiseta.
Aqui ele tem como opção: 17 tamanhos, seis cores, 3 mil modelos diferentes, e mais – ele pode criar a própria estampa e criatividade é o que não falta aqui”, diz ele.
O empresário compra a camiseta lisa e aqui faz a impressão.
O desenho vai do computador para uma película de borracha, e depois é transferido por calor para a camiseta.
A entrega é pelos correios.
“A gente criou um sistema onde a pessoa pega a imagem no seu computador, transfere para nosso programa, que repassa para nosso sistema interno e aí vira uma camiseta.
Em questão de 4 a 5 minutos após o pagamento a camiseta tá pronta”, conta Ostia.
Hoje a fábrica tem dez funcionários, 13 máquinas de estampas e vende 5 mil camisetas por mês.
O empresário criou um modelo para quem quer revender as camisetas.
O investimento no negócio é de R$ 7.200.
Esse valor dá direito a uma loja virtual e estoque de 400 camisetas.
A previsão é faturar em média R$ 12.800 por mês.
O revendedor tem que ter a preocupação em fazer um bom atendimento on line, conferir pagamento e nos passar o pedido.
Acessórios
Dentro do segmento de acessórios, o nicho de customizados conquista mais espaço.
As empresas oferecem produtos, mas é o cliente que monta a peça de acordo com o próprio gosto.
Nos quiosques da rede de franquias montada por Rita Mascarenhas, as bijuterias são vendidas de forma diferente: o cliente cria e monta o próprio modelo.
As peças são criadas já pensando na personalização.
Os pingentes vêm com fecho: é só abrir e prender no anel da corrente, pulseira ou gargantilha.
É a aposta da marca para se destacar num mercado concorrido.
“Tem muita loja de bijuteria, muita gente fazendo bijuteria, o nosso grande diferencial é que a gente dá a oportunidade ao cliente de criar a própria bijuteria.
Então a pessoa sai daqui com uma peça que é a cara dela”, diz Rita.
A franquia de bijuterias personalizadas custa R$ 86 mil.
Esse investimento é para taxa de franquia e montagem do quiosque de seis metros quadrados, com gavetas e armários para estoque.
O faturamento médio de uma unidade é de R$ 40 mil por mês.
O franqueado Alexandre Vargas montou uma unidade em 2010 em um shopping center em São Paulo.
No local, ele tem mais de 3,5 mil peças, entre pingentes, pulseiras e gargantilhas.
“Você consegue criar, desenvolver, uma peça de acordo com o gosto e o bolso da cliente”, diz Vargas.
No quiosque, a vitrine está sempre mudando.
Toda semana, chegam 300 modelos novos.
E as novidades fazem com que 70% dos consumidores voltem e comprem mais vezes.
Hoje a rede tem 23 franquias.
Espera ter 40 em todo o país até o final do ano.
“É uma coisa que não tem crise, por ser um produto de valor aquisitivo de médio para baixo, ele permanece estável o ano inteiro”, aponta Rita.
Fonte
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