segunda-feira, 19 de abril de 2010

As três meninas e um menino em Ouro Preto...

Uma semana de Telas e pincéis no Atelier de Pintura da minha casa em Ouro Preto...
Uma exposição em Ouro Preto deste trabalho...
Os festejos da Semana Santa em Ouro Preto.

Como falei no post anterior, as três meninas são: Regina, Lígia, Matilde e claro, o menino é o meu marido R.
O Atelier, que ainda não foi batizado, vai ganhar a sua cerimônia de batismo no dia 14 de maio.
Escolhemos esse dia, pois o aniversário do meu blog é no dia 08 de maio e vamos comemorar tudo numa bela semana em Ouro Preto.
Passaremos esta semana de maio por lá e aproveitaremos para dar continuidade aos trabalhos já iniciados.
Sendo assim, vamos poder comprovar novamente, que o outono e principalmente o inverno, em Ouro Preto, são os mais deliciosos possíveis.
Vamos agora, começar mais uma de nossas histórias...
As três meninas e o menino fizeram grandes planos, no primeiro final de semana do ano, em Ouro Preto, onde esperávamos também os amigos Célio e Cimara.
Coincidentemente, no dia 08 de janeiro, eu havia me desligado definitivamente da minha “Missão Verde”.
Conversando e desenvolvendo seus projetos mirabolantes, eles chegaram a seguinte conclusão:
fazer uma exposição de arte em Ouro Preto era o desejo de todos!
A idéia nasceu de uma visita que fizemos à Pousada de uma artista de Ouro Preto, que nos presenteou com um conjunto de gravuras do marido já falecido.
Planejar essa futura exposição, foi algo feito com tanta paixão, farra e muitas risadas, que acho que era o que eu precisava para me distrair e esquecer o desfecho, previsível, da minha história com a Verde.
Mas o mais interessante foi que todos nós ficamos muito entusiasmados com o projeto e então, como todos sabem, foi aí que dei a minha grande virada.
Naquele momento, tive a idéia de passar alguns dias no Rio de Janeiro, com o meu irmão Claudio, para descansar e quem sabe, desenvolver o meu novo projeto de trabalho.
Bem ao estilo Chico, o “verdinho” que nos ensinou a ficar em casa, sempre que não estivéssemos produtivos na empresa.
Quietos, tranqüilos e relaxados veríamos nascer as grandes idéias.
Fui para o Rio, sem pretensões de trabalho e lá, descansada e feliz, nasceu o meu novo projeto de trabalho, em um Café, na Rua do Rosário 30, contado no post “Lucia e Cláudio Faria in Rio...”
O meu marido R, provando ser verdade o velho ditado - “A vingança é um prato quente que se come frio”, me preparou uma bela surpresa.
Passado algumas semanas que eu voltei do Rio e já instalada e trabalhando na Plena Empresarial, o meu marido R me falou da “Semana das três meninas e um menino” em Ouro Preto.
Como de boba não tenho nem o andado, fiquei caladinha, porque esta vingança nem era mesmo uma vingança e sim, uma oportunidade dele descansar e fazer algo que ama, que é pintar.
Eles se reuniram e fizeram todo o planejamento da semana em Ouro Preto, chefiados pela Lígia e tendo como vice a Matilde.
Fizeram um check list das ações e colocaram em prática.
Claro que como todas elas são grandes anfitriãs, tudo deu super certo.
As duas meninas, Lígia e Regina foram com o meu marido R na sexta-feira, dia 26 de março e a Matilde foi na segunda-feira.
Tudo correu as mil maravilhas, afinal, o meu marido R, além de adorá-las, foi tratado como um marajá, sendo muito paparicado e para que eu não ficasse com ciúmes, começou a reclamar e todos que o conhecem já sabiam: ele estava muito feliz!
A Lígia proibiu que ele ficasse me ligando, dizendo que ele ficava me incomodando todo o tempo.
Então, eu fiquei sem notícias, porque ele não era bobo de desobedecer à amiga Lígia.
Nunca sabemos o que pode desagradá-la, pois ela não deixa passar nada.
Ela é a nossa querida “amiga de Ubá”...
Na quinta-feira santa, o meu irmão Luiz, que agora é o motorista oficial da família, levou-nos, eu e mamãe, para as comemorações da Semana Santa em Ouro Preto, onde iríamos nos juntar ao grupo.
Uma pena, foi não termos nos encontrado com a Matilde, que foi embora na quarta-feira, como já era previsto.
Eu e meu marido R, há mais de 20 anos, passamos a Semana Santa em Ouro Preto.
Chegamos e o meu irmão Luiz Carlos já foi “armando” um longo papo com a Lígia e em poucos minutos, ficamos sabendo de todas as fofocas interessantes do mundo das Artes Cênicas e Bioarte.
Ela adora “armar”as coisas.
Vamos “armar” uma exposição, eu “armei”uma viagem ao Rio e por aí vai.
Esta palavra, que agora passa a fazer parte do meu Jardim das Letras, eu peguei emprestado da Lígia.
Eu acho que o meu marido R também, pois ele já esta “armando” uma viagem ao Rio de Janeiro sozinho.
Pode?
Bem, depois de muitas risadas e papos jogados pro ar, convidei todos para almoçar no “Deguste”.
Foi maravilhoso!
Preciso fazer um pequeno comercial:
a comida estava divina.
O Deguste é um Self Service de comida mineira, algumas massas e havia peixe, para os devotos que não comem carne na Semana Santa.
Estava rolando uma música ao vivo maravilhosa, que não competia com nada, uma verdadeira trilha sonora e paramos um pouco o nosso papo desenfreado, para apreciar aquela deliciosa música e o meu marido R, empolgado, dedicou-me uma linda música da nossa saudosa Dalva de Oliveira, que estava sendo muito bem interpretada pelo cantor da casa, que infelizmente não descobrimos o nome.
Gente, depois de tanto criticar meu marido, eu acho que eu também estou virando um “galho de enxurrada”.
Mamãe e o meu irmão foram para casa e de lá, ele retornou a BH e nós ficamos conversando, por horas com a Vanilde.
Ela é a proprietária do Deguste.
Inclusive, tiramos uma foto com ela, para que vocês possam apreciar o ambiente maravilhoso que ela criou.
Depois, voltamos para casa, os artistas desceram para o atelier e eu, claro, fui dormir o meu soninho da tarde, marca registrada dos “Faria”.
Mais tarde, meu marido R fez uma deliciosa massa, saboreamos e fomos dormir felizes e satisfeitos.
Na sexta-feira, depois do já famoso café da manhã do meu marido R, descemos todos para o Atelier.
Os artistas foram pintar e eu fiquei trabalhando nos meus novos projetos e novos textos.
Para o almoço da sexta-feira da paixão, a nossa querida Isabel, como faz todo ano, preparou uma deliciosa bacalhoada e tivemos a companhia da família Pereira.
Este ano, tivemos a presença surpresa do Bernardo, filho da Maria Augusta, esposa do Ricardo Pereira, futuro chef de cozinha e um gato, que fez um maravilhoso risoto com aspargos, que degustamos “de joelhos”.
Foi tudo ótimo e eu ainda coloquei as fofocas em dia com a Regina.
Quando fomos para cerimônia do descimento da cruz, no Largo do Rosário e a Lígia descobriu que eu tinha dado o que sobrou do Risoto para a Nininha, nossa vizinha e amiga, que sempre nos ajuda, ela incorporou algum judeu daquele tempo e quase pediu a Guarda Pretoriana, vestida para a Cerimônia, para que me crucificassem também.
Fiquei assustada, mas depois caímos na risada.
Detalhe, todas as vezes que nos encontramos, ela me relembra o fato.
Encontramos com o Paulo Lemos, do Café e Livraria FIEMG, que nos convidou para, na manhã seguinte, bater papo e tomar um daqueles chocolates ou capuccinos, deliciosos e imperdíveis e claro que aceitamos logo.
No sábado, passamos a manhã inteira nos deliciando no Café, comprando livros e jogando conversa fora com o Paulo, que se desdobrava para atender a todo mundo que resolveu fazer o mesmo programa que nós.
De longe, o melhor programa para as manhãs de sábado em Ouro Preto.
Aproveitamos para ver as exposições e encontrar com alguns artistas que sempre circulam por lá.
O local é perfeito para “ armarmos” uma nova Inconfidência Mineira”.
Inspirados por aquele barroco maravilhoso...
Como todo mundo já deve saber, nós, os mineiros, não podemos nos reunir em mais de dois, que já pegamos um mote e perdemos às horas de vista.
Fomos almoçar em casa e a Lígia ainda querendo me crucificar por não termos mais o risoto do Bernardo.
Improvisamos um almoço que ficou delicioso.
Conversamos um pouco e logo saímos, pois tínhamos uma Vernissage para ir, na Fiemg, do artista plástico Ivo Volpi, que conhecemos pela manhã e eu precisava ainda, levar o livro “Tesouros, fantasmas e Lendas de Ouro”, que eu comprei pela manhã por sugestão do Paulo, para a escritora Ângela Leite Xavier autografar.
Tiramos várias fotos...
Claro que os únicos que conseguiram cumprir a agenda toda, foram a Lígia e o meu marido R.
O restante do grupo preferiu ficar em casa.
Quando os dois galhos de enxurradas voltavam para casa e pararam alguns minutos para aquele papinho imperdível em qualquer lugar, meu marido R, surpreendeu minha irmã Natália e sua sócia Rivana, na praça com o nosso novo amigo Sérgio, namorado da Rivana.
Quando chegaram em casa, eles já eram íntimos da família do Sérgio, que mora em um casarão, em frente ao Solar do Rosário e todos nós, fomos convidados para assistir a procissão, na janela da casa deles.
Recebemos mais tarde, a Natália, a Rivana e o Sérgio lá em casa, para mais uma rodada de fofocas.
O Sérgio é engraçadíssimo e prometeu-nos o melhor lugar da janela.
Um verdadeiro camarote!
No domingo de Páscoa, o café da manhã, habitual, que o meu marido R prepara, foi salpicado de abraços, porque, apesar de religiões diferentes, somos todos cristãos e a Páscoa representa para nós, a oportunidade de renovação.
Cheios desta energia de amor e fé fomos para casa da Dona Luiza, mãe do Sérgio, para assistirmos o encerramento dos festejos.
Ficamos todos muito emocionados, pois a minha mãe recordava o tempo todo do meu pai, que adorava passar a semana santa em Ouro Preto.
Mas como estávamos em família e com bons amigos, foi tudo muito gratificante para a nossa alma.
Na procissão, sentimos muito a falta do saudoso Padre Simões e do Prefeito de Ouro Preto.
Sabemos da necessidade da renovação e dos ciclos de vidas que se encerram, mas que faltou a organização e a dedicação do Padre Simões, ninguém pode negar.
Sabemos o tanto que ele era rigoroso com os rituais e com os fiéis, mas nunca pensei que um dia sentiria falta dele, com aqueles longos sermões e pedindo sempre mais fé.
Desejo que o significado da Páscoa seja uma realidade em nossos corações o ano inteiro e que os novos dirigentes da igreja em Ouro Preto, preservem o maravilhoso e incansável trabalho do nosso querido e saudoso Padre Simões.

Já ia me esquecendo de contar que a minha mãe, Maria Simim Faria é Artísta Plástica e produz quadros lindos.
Inclusive, aqui no blog, tem uma "Galeria Virtual" com as suas obras que merece uma visitinha.
Nessa sua passagem por Ouro Preto, ela também desceu ao Atelier, para "energizá-lo" com todo o seu talento...




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