domingo, 18 de abril de 2010

18 de abril, o dia de Monteiro Lobato...






















"Tentei arrancar de mim o carnegão da literatura.
Impossível.
Só consegui uma coisa: adiar para depois dos 30 o meu aparecimento. Literatura é cachaça.
Vicia.
A gente começa com um cálice e acaba pau d'água na cadeia".

São Paulo, 16/6/1904.

Monteiro Lobato, ( nascido a 18 de abril de 1882, e falecido a 4 de julho de 1948), foi um dos maiores escritores brasileiros do século XX.
Foi o precursor da literatura infantil no Brasil e criador dos livros infantis “Coleção Sitio do Pica Pau Amarelo" composta por mais de 30 obras e também escreveu livros para adultos, obtendo sucesso em ambas as areas como escritor.
No Brasil, na década de 1970, ‘O Sitio do Pica Pau Amarelo’ virou programa infantil de televisão, sendo exibidio pela Rede Globo de Televisão.
O programa era baseado em seus livros infantis e se passavam no Sítio do Picapau Amarelo, um sítio no interior do Brasil, tendo como uma das personagens, a senhora dona da fazenda, Dona Benta, seus netos Narizinho e Pedrinho e a empregada Tia Nastácia.
Esses personagens foram complementados por entidades criadas ou animadas pela imaginação das crianças na história: a boneca irreverente Emília e o aristocrático boneco de sabugo de milho Visconde de Sabugosa, a vaca Mocha, o burro Conselheiro, o porco Rabicó e o rinoceronte Quindim.
No entanto, as aventuras na maioria se passam em outros lugares ou num mundo de fantasia inventado pelas crianças ou em histórias contadas por Dona Benta no começo da noite.

Tia Nastácia é raptada pelo Minotauro, episódio de 1978.




Monteiro Lobato - Cidadão Escritor

Na sua maior parte, a obra de Monteiro Lobato é o resultado da reunião de textos escritos para jornais ou revistas.
Comprometido com as grandes causas de seu tempo, o criador do Jeca Tatu engajou-se em campanhas por saúde, defesa do meio-ambiente, reforma agrária e petróleo, entre outros temas que continuam atuais.
Ele arrebatava o público com artigos instigantes, que hoje, vistos de longe, constituem um precioso retrato de época, um painel socioeconômico, político e cultural do período.
Dono de estilo conciso e vigoroso, com forte dose de ironia, utilizava uma linguagem clara e objetiva, compreensível ao grande público.
Lobato revelou o mundo rural, então ignorado pelos escritores de gabinete que ele tanto criticava.
“A nossa literatura é fabricada nas cidades”, dizia, “por sujeitos que não penetram nos campos de medo dos carrapatos”.

Desenhos e pinturas

Monteiro Lobato jamais escondeu sua paixão pela pintura e gostaria de ter cursado uma escola de Belas Artes.
Por imposição do avô, seu tutor após a morte dos pais, acabou entrando para a Faculdade de Direito.
Desistiu das artes plásticas e se fez escritor, numa transposição vocacional com reflexos em toda sua obra.
Mas nunca se conformou com isso:
"No fundo não sou literato, sou pintor.
Nasci pintor, mas como nunca peguei nos pincéis a sério, arranjei este derivativo de literatura e nada mais tenho feito senão pintar com palavras".
Em 1909 chegou a participar de um concurso de cartazes no Rio de Janeiro, colaborando com desenhos para revistas como Fon-Fon e Vida Moderna, além de ilustrar a primeira edição do livro Urupês.
Na década de 1910 tornou-se um dos mais importantes críticos de arte na cidade de São Paulo.
Pintou até os últimos dias de vida e nos legou histórias cheias de cores e de formas como se fossem quadros.

Fonte: Internet.

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