terça-feira, 10 de abril de 2012

ATENÇÃO PLENA...

"É como arrumar a casa", define Stephen Little, instrutor de práticas de redução de estresse e de autocuidado do Hospital Israelita Albert Einstein.
"Meditar ajuda a criar caminhos neurológicos mais claros.
É como abrir uma brecha entre a emoção e o instante da decisão."
Como o foco da atenção é redirecionado --por exemplo, para a respiração--, a técnica treina a concentração, fundamental para manter o controle.
As distrações contribuem para que sejamos levados pelas emoções, no estilo "deixa a vida me levar", explica Little.
Em um mundo de distrações, concentrar-se não é nada fácil. Quem nunca meditou pode achar a prática difícil pelo simples fato de precisar ficar quieto, sem estímulos externos.
O jeito mais simples de conseguir isso é prestando atenção à respiração.
Mas há outras formas, como repetir mentalmente uma palavra ou expressão ou deixar o pensamento fluir.
O único porém é que os efeitos não são imediatos.
Os melhores resultados aparecem em estudos com pessoas que praticam a técnica há mais de dez anos.
"Mas dá para ter uma boa diferença em oito semanas", incentiva Kozasa. Ela se refere a um programa de 45 minutos por dia, com acompanhamento.
A curto prazo, na hora que der vontade de rodar a baiana, o velho truque de controlar a respiração ajuda de verdade (veja abaixo como isso pode ser feito).
A psicóloga Ana Maria Rossi, autora do livro "Autocontrole", afirma que, quando alguém tenta se controlar, o principal erro é o de se concentrar exatamente no sentimento que quer inibir.
"Pensamos: 'Não vou ficar nervosa'.
Isso só atrapalha.
O cérebro não entende a negativa.
É preciso mudar o foco."
Ela recomenda a técnica da visualização: "Quem tem medo de falar em público pode se imaginar em uma situação de completo domínio."
Para José Roberto Leite, não basta só pensar no controle emocional.
"Controlar as emoções é apenas um dos aspectos. Se eu não tenho ataques de raiva ou de ansiedade, mas como desesperadamente, não adianta nada. Há vários tipos de controle."
Segundo ele, é comum a pessoa priorizar uma das áreas --a profissional, por exemplo-- em detrimento das outras.
"Há várias esferas: a física, a psicológica, a profissional. É preciso encarar a vida como uma empresa que tem que ser gerenciada em vários aspectos, senão vai à falência."


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