Possivelmente haverá boas oportunidades, principalmente para profissionais que buscam qualificação e especialização
Depois de um longo ano, altamente marcado pelas expectativas quanto à crise internacional e seus reais efeitos na economia doméstica, no que se refere ao mercado de trabalho, quais são as perspectivas para 2012?
Será um período de aquecimento ou retração para os profissionais em busca de posicionamento?
Especialistas de mercado não compartilham da mesma opinião ao analisarem o futuro do mercado de trabalho.
Para o diretor-geral da Trabalhando.com, Renato Grinberg, a economia brasileira vai apresentar um certo desaquecimento em 2012, o que poderá afetar, sim, o mercado de trabalho.
Grinberg acredita que vai haver mais demissões no próximo ano do que tivemos em 2011, em decorrência da crise, no entanto, ressalta que mesmo assim a situação de emprego no Brasil vai continuar positiva.
A consultora e coordenadora da área de transição de carreira da Right Management, Telma Guido, por sua vez, já tem uma opinião um pouco diferente, “possivelmente se assemelhará ao que ocorreu neste ano”, diz.
Telma espera que em 2012 o mercado mostre índices semelhantes aos observados em 2011, que foram positivos, mas ressalta, “não temos a expectativa de um aumento de vagas”.
O diretor de comunicação da Estagiários.com, Giuliano Bortoluci, já é mais otimista, prevendo uma melhora para 2012, com o mercado refletindo os investimentos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que ocorrerão nos próximos anos no País.
A coordenadora de desenvolvimento humano da Faculdade IBS Business School, Jacqueline Rezende, também prevê crescimento, mas com algumas ressalvas especiais.
Jacqueline explica que 2012 será um ano excelente para os trainees.
As empresas estão com grande dificuldade tanto para encontrar candidatos com boa qualificação quanto para retê-los.
O programa de trainees é elaborado justamente para enfrentar esses problemas, já que se investe no profissional e ao mesmo tempo oferece benefícios que os estimulem a ficar na organização.
A escassez dos profissionais qualificados
Se, por um lado, há dúvidas se a crise internacional vai ou não contaminar o mercado interno a ponto de frear o número de oportunidades para os profissionais em 2012, uma coisa é certa: as empresas estão e vão ficar cada vez mais exigentes.
Todos os especialistas concordam que os profissionais precisam buscar por qualificação e aperfeiçoamento para permanecer no mercado.
Telma afirmou, por exemplo, que as empresas já vem sentindo a escassez de mão de obra qualificada, ou seja, sem experiência, fraca formação e desconhecimento de idiomas.
Assim, fica cada vez mais evidente que buscar qualificação é essencial para se manter no mercado.
“Existem oportunidades, mas as empresas não conseguem achar profissionais qualificados para preencher as vagas”, explica Renato Grinberg.
Jacqueline ainda pontua que os profissionais querem cada vez mais reconhecimento e aumento de salário, mas não estão buscando qualificação para oferecer algo a mais para as empresas.
Áreas promissoras
Ainda olhando para 2012, algumas áreas podem ser consideradas mais promissoras do que outras.
Os especialistas concordam que as áreas técnicas, sobretudo as relacionadas à tecnologia da informação, terão boas oportunidades, mas a perspectiva aqui é a mesma, ou seja, oportunidades apenas para os profissionais qualificados.
Engenharia também estará em alta, refletindo os investimentos que deverão ocorrer devido aos jogos da Copa e Olimpíadas.
O meio ambiente também terá cada vez mais importância para o mercado, e os especialistas nessa área observarão aumento de oportunidades.
Jacqueline ainda ressalta a construção civil, que continuará aquecida no próximo ano.
O mercado financeiro e administração são áreas promissoras.
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