domingo, 11 de setembro de 2011

Brasil adota jogo coletivo para voltar às Olimpíadas...



O Brasil que disputará as Olimpíadas de Londres-2012 mudou completamente sua maneira de atuar após 16 anos longe dos Jogos.
Para encerrar o longo jejum, o time nacional deixou para trás o basquete estruturado sobre os grandes cestinhas e adotou um estilo de jogo voltado para a coletividade, transformando-se em uma equipe mais sólida ofensivamente e com uma marcação muito mais eficiente.
Nas três edições anteriores da Copa América, o Brasil teve um jogador entre os dois principais pontuadores da competição, com média superior a 20 pontos.
Na edição que valeu como Pré-Olímpico em 2007, em Las Vegas, Leandrinho superou até mesmo os astros da seleção norte-americana e terminou no topo do ranking com 21,8 pontos por jogo.
Se os cestinhas não tiveram êxito em colocar o país nas Olimpíadas, o feito foi obtido por um grupo que atua muito mais coletivamente.
Neste Pré-Olímpico, o Brasil não conta com nenhum atleta entre os 10 principais pontuadores do torneio.
Quem mais anotou foi o armador Marcelinho Huertas, com 12,1 pontos por partida.
Mas a ausência de um cestinha não significou uma produção ofensiva menos efetiva.
Pelo contrário.
Os comandados de Rubén Magnano detêm o terceiro melhor ataque do Pré-Olímpico das Américas, com média de 84,6 pontos e aparece em segundo nas estatísticas de assistências com 17,7 por jogo.
Outra mudança radical, fruto do bom trabalho coletivo, ocorreu na defesa.
Pouco valorizada até então, a marcação passou a ser prioridade com a chegada de Rubén Magnano à seleção e se tornou a grande marca da equipe que obteve a vaga olímpica.
Se em 2007 o Brasil sofreu a espantosa média de 88,1 pontos por jogo, no Pré-Olímpico de Mar del Plata apresenta a segunda melhor defesa do torneio com apenas 72,4 pontos sofridos.

Eufóricos com vaga, brasileiros ignoram final: "Deixa os argentinos fazerem festa"



O Pré-Olímpico das Américas já acabou para a seleção brasileira.
Eufóricos com a classificação para os Jogos de Londres-2012 após 16 anos de jejum, os atletas brincaram sobre a decisão contra a Argentina, neste domingo, às 21h15 (horário de Brasília) e admitiram que ser campeão do torneio não é uma meta que motiva a equipe.
“Final? Que final? Vou arrumar um clone para vir aqui no meu lugar.
Vamos colocar um uniforme no Rubén, no Neto, no Vanderlei.
Deixa os caras jogarem aí e vamos embora para casa”, brincou Alex.
“Jogar amanhã [domingo] ninguém pensa, a final era hoje.
Amanhã deixa os argentinos fazerem festa”.
Já Marcelinho Huertas procurou adotar um discurso um pouco mais ameno.
Sob olhar brincalhão de Rubén Magnano na coletiva após a partida, o armador admitiu que o elenco brasileiro está em clima de festa pela vaga conquistada, mas afirmou que seria muito bom tirar uma ‘casquinha’ da Argentina na decisão.
“Seria legal poder comemorar um pouquinho, para tirar essa coisa que estava meio entalada”, comentou Huertas.
“Mas independentemente da comemoração, amanhã [domingo] vamos entrar para ganhar.
Sabemos que não vale muita coisa, mas vamos entrar para ganhar e ainda mais se pudermos ganhar deles aqui dentro de novo.
Seria fechar com chave de ouro esse ano”.
Se depender de Magnano, porém, os atletas não terão moleza antes do jogo decisivo.
O exigente técnico abriu espaço para as comemorações, mas já avisou os atletas que haverá treino na manhã deste domingo.
“Perguntei a eles se queriam jogar a final e disseram que sim.
E para uma final é preciso se preparar.
Mas é claro que alguma comemoração vai acontecer”, afirmou Magnano.

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