quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dez crenças que você precisa abandonar para ter sucesso profissional...

1. Quem estende o expediente é visto como competente e esforçado

Há algum tempo, as pessoas que cumpriam o horário à risca eram malvistas. Isso está em franca decadência, pois quem quer fazer trabalho extra pode, perfeitamente, se dedicar a isso fora do escritório e depois apresentar resultados. “Ficar até mais tarde costuma ser desnecessário e improdutivo. O que interessa para as empresas é o resultado”, avisa Eduardo Ferraz, especialista em gestão de pessoas, negociação e vendas. O administrador de empresas e palestrante Anderson Cavalcante é radical: “Quem sempre fica até mais tarde é incompetente e desorganizado. Um bom profissional sabe que existe vida após o trabalho. Anderson diz que muitas pessoas enrolam o dia todo e depois extrapolam o horário. Os líderes modernos estão de olho nisso.

2. Rede social é brincadeira de quem não tem o que fazer

Cada vez mais profissionais estão se especializando para atuarem nas redes sociais. Dependendo do ramo, elas são tão importantes quanto o trabalho convencional. “Quem não faz parte de alguma rede social é muito mais do que um analfabeto digital: está fora do mundo”, opina Anderson Cavalcante. Christian Barbosa, especialista em administração de tempo e produtividade e fundador da multinacional de consultoria Triad PS, reforça que as redes sociais podem ser muito úteis para captar novos clientes, recrutar profissionais e até desenvolver novos projetos em parceria com outros internautas. “Além disso, algumas pesquisas dizem que as redes sociais, quando bem utilizadas, melhoram a produtividade". Mas ele avisa: "Acessar para pesquisas e ter novas ideias, sim. Perder tempo, não.”

3. Cursos de extensão ajudam a subir na carreira

“Quem para de estudar e de praticar fica desatualizado e não acompanha as necessidades de sua áreal”, avisa Paulo Kretly, presidente da FranklinCovey Brasil e autor do recém-lançado “Deixe um Legado” (Ed. Campus). Cursos e pós-graduações são quase uma obrigação, mas há um porém. “Aquilo que muita gente possui deixa de ser um diferencial. Estudar bastante é importante, mas o que leva uma pessoa ao sucesso é a soma dos resultados que ela entrega”, avisa Eduardo Ferraz. Assim, nenhum currículo repleto de cursos é capaz de sustentar um desempenho fraco no dia a dia.

4. Devo ouvir críticas em silêncio

De jeito nenhum. Essa atitude pode soar como desinteresse, medo e até covardia. Se a crítica for pertinente, ouça e peça sugestões. Do contrário, peça mais detalhes a respeito do assunto, até que fique claro se a crítica é justa ou não. Segundo Anderson Cavalcante, que escreveu o livro “O Que Realmente Importa?” (Ed. Gente), o segredo é não agir com a emoção. Mantenha a razão e questione. Muitas vezes ouvimos uma crítica por algo que nem percebemos que fizemos. E lembre-se sempre: você pode falar o que quiser, para quem quiser, desde que com cuidado.


5. Pessoas ambiciosas são perigosas

Para o consultor Eduardo Ferraz, autor do livro “Por Que a Gente É do Jeito que a Gente É?” (Ed. Gente), pessoas ambiciosas normalmente são mais invejadas do que malvistas, pois são claras a respeito de seus objetivos. Mas atenção: ambição é diferente de ganância. Christian Barbosa diz que ser ambicioso é bom, fará com que você persista em buscar o sucesso. “Porém, se todas as suas tarefas estiverem relacionadas à ambição, você poderá ser malvisto”, destaca o consultor. Luciano Alves Meira, consultor da FranklinCovey Brasil, enfatiza que a ambição precisa ser compartilhada e orientada por valores. "Assim, sem dúvida, é um traço do trabalhador da era do conhecimento, a que vivemos”, diz.

6. Cumprir prazos é mais importante do que ser criativo

Depende da função e do cargo ocupados. Se os outros dependem de sua pontualidade para trabalhar, cumprir prazos é mais importante. “Se a criação de novas soluções não exige pressa, a criatividade é mais relevante”, argumenta Eduardo Ferraz. Para Anderson Cavalcante, porém, a criatividade nunca foi amiga do prazo. “Ela parece ter vida própria, pois surge quando a gente menos espera e, dependendo da intensidade, é capaz de colocar abaixo todos os cronogramas criados”, defende.

7. Os bajuladores sempre se dão bem

Cresce na carreira quem é competente. Por essa lógica, os bajuladores às vezes se dão bem no curto prazo, mas, futuramente, quebram a cara. “Quem gosta de puxa-sacos? Claro, todos gostamos de elogios, faz bem para o ego... Mas tudo que é demais, enjoa”, diz Christian Barbosa.“Pessoas maduras não são bajuladoras, mas nem por isso precisam ser agressivas. Elas sabem tratar todos com respeito, sem deixar de dizer o que realmente pensam e de negociar sempre que necessário. Essa é a essência da maturidade”, completa Paulo Kretly.

8. Um currículo sempre deve ser curto e objetivo

Embora alguns especialistas sustentem que o recrutador do RH deve se encantar por um currículo em cinco segundos de leitura, o importante é o conteúdo. “Já entrevistei pessoas cujos currículos eram imensos e nem me dei conta de que tinha quatro páginas, tamanho interesse que me despertaram”, diz Anderson Cavalcante. “O problema não é o tamanho do currículo, mas a qualidade de tudo aquilo que você coloca nele”, explica.

9. A vida profissional não pode nem deve interferir na vida pessoal

Segundo Paulo Kretly, tudo está ligado. “O indivíduo é, como a palavra indica, indivisível. Ele carrega para onde vai aquilo que ele é. Caráter e competência são dissociáveis, pois a competência conduz ao topo e o caráter o manterá lá. Por isso, também, é muito importante equilibrar vida pessoal e profissional e cuidar bem da qualidade dos relacionamentos, em ambos os ambientes”, explica.

10. Opinião quem tem é chefe

Você acha que os colaboradores não devem dar opiniões aos seus líderes quando percebem que algo precisa melhorar? De acordo com Paulo Krelty, líderes que não recebem retorno das equipes ficam cada vez menos cientes do que precisa ser feito para alcançar o sucesso. “É essencial que os líderes se abram para receber um retorno e até o peçam”, opina. Segundo Luciano Alves Meira, também da FranklinCovey, as empresas que aprenderam esse conceito construíram culturas vitoriosas.

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