quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sobre as eleições e os preconceitos por Daniel Caetano...

Li esse artigo do Daniel Caetano e resolvi divulgar aqui no meu "Jardim", com os devidos créditos, por achar pertinente para o momento...

Essa eleição teve um nível de agressividade que é preocupante nas duas hipóteses possíveis.
Se isso fizer parte de uma histeria passageira por conta de um teatro político, isso é perigoso porque indica uma oscilação de humor generalizada, algo que pode ter más consequências.
Agora, se a agressividade se dá porque as partes acreditam mesmo nessa separação absoluta entre o bem e o mal, só trocando de sinal entre "esquerda e direita", "pobres e ricos", "ignorantes e instruídos", bem, aí o negócio é pior ainda.
O problema não é que existam duas visões de mundo que não podem se conciliar: o problema é que escolher uma delas implica em negar a existência e o sentido do outro ponto de vista, ora bolas.
Mas é impressionante como tanta gente acabe preferindo a fé à visão crítica e não suporte aceitar a simples contestação e respeito ao ponto de vista diferente.
E isso vale para política, arte, economia, educação etc.
Mas São Paulo tem a antropofagia do Oswald de Andrade e "o Nordeste" tem tropicalismo e mangue-bit.
Sem essa do pertencimento a um grupo contra o outro.
Agora vamos torcer pra dona Dilma mandar bem.
O pessoal da campanha dela não deveria reclamar por ter tido segundo turno.
Se não tivesse outros méritos, ele já teria valido por nos apresentar um jingle bonito, o "Meu Brasil tá querendo Dilma", da candidata vencedora.
É bem melhor que o Lula-lá, que só sobrevive por nostalgia.
E, convenhamos, a candidata deveria agradecer por ter tido tempo pra abandonar aquele anterior, "Deixo em tuas mãos o meu povo", que era bem ruim.
Já o "Meu Brasil tá querendo Dilma" é um jingle realmente bom como uma canção.
Da minha parte, cabe a esperança de que seja feita uma reforma da comunicação de verdade, que faça valer o artigo 221 da constituição, que foi aprovado há vinte e dois anos e até hoje não é respeitado.
É claro que digo isso da minha parte, aqui desse cantinho.
Se conseguir melhorar a vida de milhões de pessoas, o governo já terá sido bom mesmo que não cumpra o que eu acho fundamental.
Mas, se fizer as coisas direito nessa questão, acho que já vai ajudar bastante.
Até porque essa foi uma das questões mais faladas da eleição e todo mundo já reconhece o problema, é preciso dar um jeito para existir coisa melhor e aumentar a concorrência, a democracia de informação e tudo mais.

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