Marisa Brandão, técnica do Programa de Socialização Infantil e Juvenil e do Pro-Jovem, ambos programas promovidos pela Prefeitura de Belo Horizonte em parcerias com algumas ONGs, destaca a relevância do trabalho realizado pelo Terceiro Setor nas periferias. “O papel desempenhado pelas ONGs é especialmente importante no campo das Políticas Sociais e da Assistência Social. As ONGs são resultado da própria mobilização popular, reapresentando um lugar em que a sociedade civil atua e ajuda a encontrar alternativas aos problemas existentes, auxiliando na fiscalização dos serviços oferecidos pelo Poder Público”.
Para Marisa Brandão, as entidades contribuem de fato para a formação profissionalizante, escolar, artística, esportiva e para o lazer. “As ONGs contribuem nestes aspectos, o que não exime o poder público, que tem a maior responsabilidade de garantir esses direitos da população. As entidades complementam, reforçam e chegam onde o Poder Público ainda não chegou. A sociedade não pode assumir isso sozinha. Deve ser feito um trabalho em conjunto, porque o Poder Público também não pode dar conta de tudo sozinho. O contexto nacional e mundial mostra isso. As ONGs têm um papel facilitador do acesso das populações carentes aos seus direitos. Explicitam a demanda através de diagnósticos e despertam a atenção do Poder Público para as necessidades das comunidades”, opina.
Hoje, do ponto de vista institucional, a periferia vive uma realidade diferente das décadas anteriores. Além do poder público e religioso, normalmente envolvidos em ações de cunho social, as comunidades contam também com a atuação das populares ONGs. De acordo com o primeiro diagnóstico do Terceiro Setor realizado em Minas Gerais, Belo Horizonte tem 1807 organizações não governamentais.
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