segunda-feira, 8 de junho de 2009

“Circuito do sábado de manhã” ...

Domingo à noite, meu marido R está lá embaixo jogando com seus amigos, o que faz a mais de 30 anos, e eu aqui, aproveitando para escrever um pouco e quem sabe postar algo interessante no meu “jardim”.
Um pouco sem inspiração, me pego pensando na minha manhã de sábado.
Quando estou em BH, costumo passar minhas manhãs de sábado em alguma livraria, um programa sensacional que eu adoro.
Levanto cedo, passo na “Verde”, vou deixando tudo organizado e encaminhado, fico feliz de ver todos os “verdinhos” trabalhando empolgados com o final de semana, prontos para descansar ou se divertir, após uma semana muito produtiva e de muito trabalho.
Espero todos chegarem.
Claro que estou falando da equipe da loja por que a turma da decoração normalmente já está em campo.
Eles vão chegando um a um, felizes e desconfio que essa empolgação toda deste sábado seja pela festa junina em comemoração ao aniversário do meu querido e sempre feliz André, que todos conhecem pela simpatia e gentileza.
Parabéns e muitas felicidades ao nosso simpático “Verdinho”.
Todos estarão presentes no seu arraial, as duas equipes, da loja e da decoração.
Eu converso com cada um, vejo como estão andando os eventos em execução, e aí sim, vou dar a minha volta na “Savassi” para o que eu chamo de “Circuito do sábado de manhã”.
Atualmente, para me esquentar, começo meu “circuito” com um delicioso capucciono do Califórnia Café, nossos mais novos e bem vindos vizinhos e parceiros.
Esse ano parece que vai ter inverno.
Depois vou andando até a Livraria Status e passo algumas horas por lá me deliciando com livros e revistas.
Sento-me sempre com alguma revista, dou uma folheada e depois compro as minhas revistas semanais e sempre compro um ou dois livros.
Depois vou andando bem devagar, como diz minhas amigas V e J, sempre esperando o bonequinho do sinal ficar Verde.
Por isso gosto de ir sozinha, porque acho que em BH, só eu e minha amiga J respeitamos o sinal de pedestre, para desespero de qualquer um que possa querer nos acompanhar.
Depois vou para a “Leitura” e dou uma namorada nos livros, cd’s e filmes de lá também.
Mesmo sabendo que atualmente a gente pode acompanhar os melhores lançamentos e comprar de tudo pela internet sem maiores sacrifícios, não me privo do prazer que sinto em freqüentar livrarias.
Normalmente não consigo conversar muito com ninguém, pois estou quase sempre mergulhada profundamente nos livros quase em estado “alfa”.
Às vezes, quando alguém puxa uma conversa, eu respondo rápido alguma coisa e respeitando a minha timidez, volto logo para o meu namoro com os meus livros e cd’s.
Se estivesse acompanhada pelo meu marido R, ou meu irmão C, teríamos que ficar no mínimo mais uma hora, porque eles são iguais a “galho em enxurrada”, param em toda parte e falam com todo mundo o que é bom também.
Engraçado outro dia, foi eu dizer que ia sair para comprar um disco e todos os “verdinhos” mais jovens virarem com uma cara de “paisagem” tentando entender o que eu iria fazer.
Senti-me quase uma “jurássica“.
Pelo menos eu não falei que iria comprar um vinil.
Outra coisa engraçada é que quando estou atrasada ou com pressa, precisando passar um e.mail, eu às vezes erro e falo que vou passar um fax.
Não posso errar e falar em passar fax que todos na “Verde” já acham que estou estressada ou com algum problema.
Ficam todos preocupados com a “tia”.
De pensar que a primeira vez que vi um fax, nos meus tempos de “Concreta”, fiquei toda entusiasmada com a modernidade e com a facilidade de não ter que enviar mais documentos via malote.
Lembra amiga S?
Minha amiga S era a responsável pelos malotes.
Mas voltando ao meu “circuito”, saio da “Leitura” e vou para a “Travessa” continuar meu passeio.
Lá sempre tem alguma coisa especial: exposição de artes plásticas, alguma entrevista da CBN, artistas, escritores e fico ali me deliciando com aquelas pessoas tão diferentes e interessantes.
Entro na livraria, tento tomar um café, o que nunca consigo, escolho vários livros, sempre ajudada por atendentes simpáticos, sempre muito bem informados e prontos a nos dar mil idéias para nossas escolhas.
Acabo sempre comprando mais alguma coisa.
Adoro esta parte do programa.
Como adoro comprar livros...
Antes de voltar à “Verde”, sempre dou uma passadinha na minha amiga N, dona da Discomania.
Lá só tem Cds interessantes e às vezes, por incrível que pareça, eu não consigo comprar nada.
Vocês acreditam que como passo por lá todo sábado, minha amiga N nem sempre me deixa comprar?
Pode?
Ela tem um bom gosto musical invejável e lá sempre rola ótimos papos com os seus clientes e amigos, sempre muito interessantes.
Lá se pode garimpar as melhores pérolas da música e novos e talentosos artistas que ainda não fizeram tanto sucesso assim.
Não precisamos ficar escutando somente trilhas sonoras de novelas ou o que nos empurram os programas de auditório e as rádios comerciais.
Já estou até podendo me orgulhar da minha coleção de livros e cd’s.
Volto para a “Verde” já na hora em que todos os clientes estão chegando para comprar nossas flores para alegrar o fim de semana e eu sem parar de pensar em tudo que estou levando para ler e ouvir.
Neste sábado, almocei na casa da minha amiga D com sua filha R, sua mãe M e seu amor E e depois fomos passear por todos os nossos eventos.
Essa função seria da amiga D, mas quando posso adoro ir também.
É sempre de arrepiar.
Depois de curtir um pouco a sua enorme sensibilidade e talento, vou para casa feliz, deixando-a em paz com o seu excepcional trabalho.
Depois de uma semana tão produtiva e do meu “Circuito do sábado de manhã” dificilmente eu saio pra algum programa.
Prefiro sair durante a semana e deixar os fins de semana para curtir a minha casa de BH ou a de Ouro Preto, meu marido R, meu cachorro, meu jardim de rosas que fica na varando do meu quarto, meus livros, cd’s, filmes e agora o meu “jardim de letras”.

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