quinta-feira, 22 de outubro de 2009

No meu jardim eu quero sempre o meu dia mais prazeroso...

Sempre ouvimos os físicos, os espiritualistas e também os poetas dizerem que o tempo não existe.
Ele é uma convenção dos homens para organizar e facilitar as nossas vidas.
Seria uma verdade, se não nos tornássemos escravos dele.
Numa manhã destas, em meus momentos de meditação, me veio um pensamento:
-Eu posso ter dias mais prazerosos e mais produtivos.
Foi como um clarão.
Parecia que eu sonhava acordada.
Como uma boa gestora que sou, optei por preparar uma planilha, colocando tudo que eu fazia durante o dia.
Qualifiquei e quantifiquei cada atividade.
Coloquei as minhas oito horas de sono como produtivas e prazerosas.
As outras atividades, eu dividi entre produtivas ou não, prazerosas ou não, improdutivas, mas prazerosas e por aí vai.
Fiquei fazendo por uma semana e pasmem: - descobri como eu gerencio mal o meu tempo.
Já repararam quanto do nosso tempo diário é gasto com telefonemas, e-mails, visitas inesperadas, que muitas vezes são até importantes, mas quase sempre, não são tão urgentes assim?
Posso até me considerar produtiva no meu trabalho, pois sempre fui muito ágil nas minhas tarefas, mas na vida social e pessoal, fiquei abaixo da média.
Resolvi então reinventar a minha vida.
O que não era prazeroso e nem produtivo, já fui logo cortando da minha lista.
O produtivo e não prazeroso merece uma pesquisa: como posso fazer isso de uma forma mais prazerosa?
Pensando nisso tudo, me lembrei do texto que o meu marido R postou no dia 01 de agosto no seu blog:

Terremotos...

Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755), o Rei perguntou ao General o que se havia de fazer.
Ele respondeu ao Rei: 'Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos'.
Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar.
Muitas vezes temos em nossa vida 'terremotos' avassaladores, o que fazer?
Exatamente o que disse o General: 'Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos'.

E o que isso quer dizer para a nossa vida?

Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado.
É preciso 'sepultar' o passado.
Colocá-lo debaixo da terra.
Isso significa 'esquecer' o passado.
Enterrar os mortos.

Cuidar dos vivos significa que, depois de enterrar o passado, em seguida temos que cuidar do presente.
Cuidar do que ficou vivo.
Cuidar do que sobrou.
Cuidar do que realmente existe.
Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto.

Fechar os portos significa não deixar as 'portas' abertas para que novos problemas possam surgir ou 'vir de fora' enquanto estamos
cuidando e salvando o que restou do terremoto de nossa vida. Significa concentrar-se na reconstrução, no novo.

É assim que a história nos ensina.
Por isso a história é 'a mestra da vida'.
Portanto, quando você enfrentar um terremoto, não se esqueça: enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os portos.

Muitas vezes o caminho que surge a nossa frente não é o mais conveniente, mas é o melhor
.

Reler esse texto me fez pensar em muitas coisas.
Sepultar os mortos seria cortar tudo que não é produtivo nem prazeroso?
Cuidar dos vivos seria conservar tudo que é produtivo e prazeroso?
Fechar os portos seria não deixar nada improdutivo nas nossas vidas?
Eu acredito que sim e fiquei tão eufórica ao perceber isso, que parecia até, que eu havia redescoberto a roda.
A princípio, fiquei chocada com o meu desempenho: - se eu administrasse o meu dinheiro como administro o meu tempo, eu não teria sequer um real na carteira. Quanto desperdício...
Com a planilha em mãos, comecei a organizar tudo e nos dois primeiros dias, eu ia muito bem, mas logo me via voltando aos velhos hábitos.
Sendo assim, tenho descoberto que este exercício tem que ser diário, como tudo que queremos aprender ou transformar em nossas vidas.
Resolvi assim: Eu acordo, organizo o meu dia de forma mais produtiva, sem esquecer do prazer e deixando ainda algum espaço para uma possível eventualidade.
Antes de dormir, eu repasso o meu dia, vejo o que melhorou e o que pode ainda ser melhorado, sem esquecer um detalhe importante: sim, eu quero ter uma vida mais produtiva sem abrir mão da alegria e do prazer.
A minha vida hoje é muito mais prazerosa e plena, os meus dias são mais agradáveis, produtivos e sem aquele stress tão comum e quase diário.
Tenho tempo para estudar, ler, escutar música, malhar, sair com os meus amigos, curtir a minha casa de Belo Horizonte e de Ouro Preto e ainda namorar o meu marido R.
No meu trabalho estou muito mais produtiva, perdendo menos tempo com os conflitos, as dificuldades e os aborrecimentos.
Estou transformando os problemas em aprendizados, arrumando soluções mais criativas, criando novas oportunidades de negócios, novas amizades e sendo uma pessoa bem mais feliz.
E sinceramente, estou adorando fazer este blog...

2 comentários:

  1. Minha Amiga L. o esforço de polir nossa alma,
    é só nosso. temos de aprender nossas próprias
    liçoes, vc conseguiu, e escolheu o melhor
    dos caminhos existente. SER MUITO FELIZ.
    Que seja sempre assim. Torcemos e confiamos
    muito em vc.
    beijos. Meninas verdinhas. V.A.M .

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  2. Amigas dessa nossa caminhada...

    Sei o quanto é importante ter uma equipe como vocês.
    Saibam que vocês sempre estarão em minha vida, com carinho e muito amor.
    Obrigada por estarem sempre no meu jardim comentando.

    Beijos

    Lucia

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